quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Recolhendo as cinzas da Unidos do Baiacu


Oi queridos, tudo bem com vocês?
Eu confesso que nessa quarta-feira de cinzas estou juntando as cinzas do que a pulso deixou e tentando reorganizar a vida.
Vou contar pra vocês a minha saga da última pulso não só pra exorcizar o que ocorreu, mas porque não adianta eu reclamar dos erros do hospital só pro hospital, né... as pessoas precisam saber.
Bom, a verdade é que essa última pulso, além de eu já estar de saco cheio e com mais corticoide do que sangue nas veias (foi a terceira em três meses), foi uma incrível sucessão de erros acabando pior do que eu imaginava/esperava, mesmo não tendo sido a pior das pulsos.
Quando eu cheguei na segunda-feira pra começar a pulso, uma técnica muito inexperiente começou o atendimento porque a Cláudia (ai, que falta você fez Cláudia), enfermeira responsável do setor havia prendido o dedo na porta do carro (uuuui) e foi ser atendida. Minhas veias não são muito boas de pegar, mas a menina conseguiu perder a única veia boa que eu tenho porque ela tremia pra colocar a agulha. Eu já fiquei puta aí. Mas, tudo bem, a Cláudia chegou depois, pegou uma veia rapidinho e colocou a medicação direitinho.
Me senti bem no primeiro dia. Além da pulso a dra me deu um outro remédio pra tomar junto, pra eu não ficar tão mortinha. Esse acho que funcionou.
Cheguei pro segundo dia, coloquei a pulseirinha, olhei os bebês que estavam chegando e fui chamada pro ambulatório. Já tinha ido resoluta a não deixar a menina pegar minha veia. Afinal, são os meus braços que ficam doendo e roxos. Chegando lá, descobri que a Cláudia estava de licença por conta do seu machucado na mão. E a Lu, que é a técnica que é do setor estava de férias. Estava eu lá, entendendo melhor do setor do que as enfermeiras que eles jogaram para nos atender aquele dia. Eu nem vou reclamar da criatura não conseguir pegar a veia de primeira, estourar outra e deixar meu braço com um roxo fenomenal que vai demorar pra sair. Só que a criatura não colocou o remédio na bomba de infusão. Segundo ela, não precisava. Eu avisei que há 5 anos eu faço pulso ali e há 5 anos eles usam a bomba porque senão dá merda. E não é que deu? A porcaria ficava entopindo, ela precisava ficar limpando o acesso e a cada limpeza de acesso, o medo de perder a veia de novo. Não preciso nem dizer o quanto eu tava puta né?
Uma hora eu ouvi a enfermeira "reclamando" pra alguém que todo mundo tava querendo a Cláudia. Bom, se o serviço estivesse sendo competente, eu ia sentir falta da Cláudia porque é uma pessoa que eu gosto. Mas, nesse caso, eu e as outras pacientes, que estão lá pelo menos uma vez no ano fazendo tratamento, estávamos sentindo falta de segurança mesmo.
Terceiro dia e eu já fui pensando: que merda que vai dar hoje? Bom, só erraram a veia. Dessa vez eu exigi a bomba e disse que não faria sem a bomba. Uma menina ficou medindo meus sinais vitais a cada meia hora (sei lá pra que mesmo) e deu tudo certo fora o hematoma na mão.
Quarto dia e eu já fui resignada a acontecer qualquer coisa. Era outra equipe, outras pessoas que não sabiam nada do setor.
Quinto dia, eu já tava cansada, chateada, drogada. Cheguei lá e... nova equipe novamente. Quero deixar claro que todas eram muito simpáticas. Mas, sinceramente, simpatia eu encontro em qualquer banco de praça. Quando eu sou atendida em saúde eu quero segurança e competência. Se der pra ter simpatia junto, melhor ainda. Bom, mas aí foi o dia da cagada mór. A enfermeira conseguiu pegar uma veia doída pra caramba, mas foi de primeira. Aí colocou o remédio na bomba, programou o negócio e eu fiquei tranquila, afinal, não sou eu que tenho que conferir o que eu tô tomando né?
Então, ela diluiu o remédio numa quantidade errada de soro. Isso quer dizer que o remédio entrou quase puro, em uma hora, na minha veia. Quando a bomba começou a apitar eu achei estranho, e aí eu olhei pra porcaria do soro e tava lá: 250ml. O mínimo que se dilui a quantidade de unimedrol que eu preciso tomar é em 500ml. Estava escrito na prescrição médica 500ml. E a guria não conseguiu errar isso? Saí de lá tão zonza que nem reclamei na hora. Até porque, que que ia adiantar eu gritar com ela? Eu ia me sentir melhor? Os efeitos da medicação seriam menores? Entrei no carro, voltei pra casa puta e fiquei calculando o que esse erro ia dar.
Passei mal a sexta-feira inteira. E à noite o corticoide mostrou a que veio: meus gânglios linfáticos começaram a inchar. Até a metade da madrugada eu estava chorando de dor, porque encostar o corpo no colchão estava doendo.
Mal dormi e acordei pronta pro carnaval. Prontinha pra desfilar pelo Unidos do Baiacu. Sabe, aquele peixe que "infla" e fica enorme? Então, meu corpo fez isso. A vontade era de andar pelada pra não ter nada encostando em mim. Fiquei três dias andando com saída de banho, sem pentear os cabelos (não conseguia encostar a escova na cabeça de tando que doía) e confesso que não tomei banho num dia porque até a água no corpo era dolorido. Além do risco de desmaiar no banho.
Além da dor, senti um mal estar absurdo. Minha pressão não passava de 8 por qualquer coisa que não dava pra ouvir. Tomei muito líquido pra ver se indo bastante ao banheiro eu fazia o corpo funcionar. Mas não melhorava. Passou domingo e nada de melhorar. Chegou segunda e eu comecei a achar que não ia dar pra aguentar. Eu tava cansada de estar cansada. Cansada de sentir dor. Fora que ir muito ao banheiro acaba dando outros problemas. E, ir ao banheiro era um problema, porque pra isso eu precisava ficar de pé e ficar de pé era risco de desmaio.
Desculpa o linguajar, mas foi foda!
Comecei a sentir alguma melhora ontem. Mas eu achei que tava indo pro saco...
Aí você me pergunta: mas Bruna, porque tu não foi no hospital ver o que podia fazer?
E aí eu te respondo: você já foi num hospital logo depois de uma pulso e teve que explicar o que era uma pulsoterapia pro médico de plantão? e já teve que explicar o que era esclerose múltipla? e teve que ver uma cara de alguém que não tá nem aí e te passa um soro qualquer só pra hidratar? ou, pior, pegou a receita sem noção do plantonista, saiu do hospital e jogou no lixo porque você entende melhor de corticoides do que o médico?
Então, eu já passei por isso. E é exatamente por isso que eu não fui no hospital. Imagina só, se durante a semana eles colocaram um monte de gente sem noção a trabalhar no ambulatório, sabe lá que tipo de profissional estaria disponível no feriado de carnaval.
É triste isso de você não confiar na instituição que deveria zelar pela saúde. É complicado você saber que não adianta ir num médico, porque ele não vai saber o que fazer. É muito ruim ficar sem saída, sem ter praonde pedir ajuda quando seu médico tira férias.
O Hospital Moinhos de Vento se vangloria de ter mil e quinhentas certificações internacionais. Mas não se digna a ter mais que uma equipe treinada para atendimento num ambulatório. Aí, quando essa equipe não está presente, nada funciona e nós, pacientes, que já estamos numa situação vulnerável, nos sentimos abandonados e inseguros. Sinceramente, eu não faço mais pulso se não for com a equipe do ambulatório. E tô expondo isso em público porque eles não podem fazer isso com as pessoas.
Eu bem que podia só reclamar lá na ouvidoria do hospital. Mas aí ninguém saberia que o serviço do "melhor hospital" do sul é a mesma merda que temos em qualquer hospital. A única diferença é que o Moinhos de Vento tem luxo e beleza dentro do hospital. Mas, sinceramente, eu espero não precisar do hospital pra uma cirurgia, internação, etc. Se a equipe erra uma porcaria duma diluição dum remédio, num ambulatório vazio e calmo (eu era a única paciente do dia), imagina o que fazem numa emergência lotada.
Eles que não me venham com aqueles selinhos de certificação que aquilo não me diz nada sobre o atendimento deles. Mas essa semana desastrosa sim...diz muito sobre o que eles acham mais importante. O bem estar dos pacientes é que não é... Se fosse, eles teriam mais pessoas conhecendo cada setor, para esses casos de substituição. E teriam profissionais que, além de simpáticos, sabem fazer seu trabalho com competência e seriedade.
#prontofalei
Sobre o inchaço, já diminuiu bastante. Ao contrário da maioria das pessoas que se preocupa em ficar com o rosto redondo e dar uma engordadinha, eu acho isso o de menos. Se eu só ficasse inchada e ganhasse uns quilinhos mas não passasse mal a ponto de achar que não vai dar pra aguentar, eu topava ficar só com cara de bolacha maria. Sério, eu chorava de dor e de achar que eu ia acabar apagando. Num dia o Jota olhou pra mim e disse: eu to preocupado contigo. Eu só respondi: eu também... acho que ele se assustou com essa resposta, porque normalmente eu diria: vai passar, amanhã vai tá melhor. Mas depois de 3 dias sem melhorar, eu já tava ficando assustada mesmo.
Hoje eu aproveito pra juntar as cinzas. Quando acordei, me sentindo melhor, falei que era como se eu não tivesse vivido os últimos 7 dias. É como se eu lembrasse de tudo até a última quarta-feira e, depois disso, tudo virou uma grande bagunça sem sentido.
Agora eu posso dizer: vai passar, vai ficar tudo bem!
Semana que vem prometo posts mais amenos... mas eu precisava botar isso pra fora. De ruim bastava a pulso...
Ah, e desculpa a todos que eu deixei sem resposta nos últimos dias. Prometo ir respondendo devagarinho a todos.
Até mais!
Bjs

16 comentários:

  1. Putz, linda, me caguei agora! Vou fazer uma ressonancia lá (primeira vez lá no hmv) sexta feira, e nao gostei nada do que li acima!! É, a gente vai confiando que ta tudo certo, que o hospital é ótimo, que os funcionários sao competentes, mas nao é isso nao! Levei uma picada de aranha e fui pra Unimed, aqui de SL, e queriam me injetar um remedio que ninguem, ninguem sabia o que era! Fugi correndo! Medo!! Bjs pra ti, se souber algo sobre a ressonancia, me avisa que ainda dá tempo de desmarcar!

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    1. Kika, fica tranquila, na RM eles são bonzinhos. Eu nunca tive problema lá não. Ah, eu me cago de medo de ir em PS por causa disso...a gente acaba sabendo mais que os médicos mesmo.
      Depois nos conta como foi a RM.
      Bjs

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  2. Sei o que esse negócio de perder a veia, estourar, e ficar com metade do braço roxo e doendo...faço químio há dez anos...Espero que a Cláudia volte logo,,beijos

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    1. É um saco né? Eu faz 15 anos que faço a pulso pelo menos 2 vezes no ano...teve ano que foram 4... mas essa vez eles se superaram!
      Bjs

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  3. Puxa Bruna, que M... Eihn? Eles realmente precisam de mais do que as duas anjas que trabalham no setor com treinamento para nos atender.

    Mas o hospital não zela nem pelos seus próprios funcionários... Em 2010 fiquei internada, e em um domingo eles estavam fazendo reforma no bloco cirúrgico do prédio antigo... Com o hospital cheio! Tinha uma britadeira nos batendo o dia todo! E era um dia que nem tinha como reclamar para a administração. As enfermeiras estavam a base de analgésicos para dor de cabeça... E imagina os pacientes?!?
    Foi barulho até as 7 da noite, quando minha tia foi gritar com eles no corredor... E acabou enfartando (ela já estava com problemas, mas foi a gota d'agua).

    Na maternidade não tivemos maiores problemas, só que ninguém vem ao quarto se for para trocar a fralda do bebê...

    Kika, a ressonância geralmente é tranquilo, a equipe é flutuante, mas eles tem muitos exames com contraste, e estão acostumados.
    O problema às vezes é o pessoal que marca colocar a gente no aparelho errado, que não faz a transferencia de eletromagnetização, e a gente ter que ficar aguardando liberar o aparelho certo.

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    1. É incrível como todo mundo tem uma história louca pra contar do HMV, que tanto se orgulha daqueles selos internacionais que a gente não faz a mínima ideia do que é!
      Escutei umas histórias de ex trabalhadores de lá que é de arrepiar os cabelos!
      Bjs

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  4. Nossa Bruna, foda mesmo isso tudo...
    Não sei se vim aqui comentar alguma vez sobre os episódios parecidos que já passei. Cada pulso é uma novidade. Dose de medicação errada, volume de soro errado, tempo de infusão errado! Erram veia, pegam outra depois de um tempo sai do vaso, dói horrores, aí punsionam na dobra do braço e eu fico 3 dias sem poder dobrar. Dá um livro. Mas não cheguei a passar pelo que você passou. Sou bioquímica, e sou chata! Então tudo que eles trazem eu quero saber o que é e como vai ser, e nunca deixei começarem a infusão sem eu ter certeza de que estava certo. Além disso ensino pro enfermeiro ou técnico o que é EM e como deve ser feita a pulso. Ensino regra de três e tudo mais...
    Nós temos essas histórias pra contar porque sabemos o que foi feito de errado, mas, e pra quem não entende nada?? Já pensou? Cada pulso, cada internação é um risco.
    Só pra constar, passei por isso em Uberaba e Uberlândia -MG, em vários hospitais! Nenhum deles público! É assim a saúde, em todo o nosso Brasil!

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    1. É tão triste saber que isso acontece tanto, tantas vezes, com tantas pessoas. Quando é que esses profissionais de saúde vão começar a entender a responsabilidade que eles tem na mão. Porque eles podem até ir pra casa cansados de trabalhar. Mas a gente volta pra casa doentes e passando mais mal do que antes. É uma falta de respeito mesmo.
      Não acho que a gente tenha que ensinar eles a fazer o trabalho deles né.
      Bjs

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  5. Eu fiz pulso semana passada,e aqui em lajeado ainda não tem isso de fazer e ir pra casa,tive que ficar internada três dias.hoje faz uma semana que ganhei alta e estou com o braço roxo e inchado e com muita dor no corpo ,espero que você fique boa ligeirinho pois adoro ler o que escreve,me da coragem e força,faz pouco tempo que fiquei sabendo que tenho EM.bjs e tudo de bom.

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    1. Lá em Passo Fundo eu também tinha que ficar internada porque senão a Unimed não autorizava. O que eu achava uma burrice né, afinal a hotelaria dum hospital custa muito mais caro do que me deixar apenas 2h num ambulatório. Acho bem mais confortável ir pra casa, ficar na minha cama, sabe?
      Fico feliz que tenhas gostado aqui do blog. Se vieres aqui pra POA e quiser tomar um café, me avisa!
      Bjs

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  6. Em primeiro lugar, que bom que estás melhorando!!!
    recolhendo as cinas... não. És a própria Fênix, porque cortisona na veia na concentração errada não é brincadeira. Affffffff...
    Fiquei de queixo caído... Até onde eu sei o HMV é considerado um dos melhores hospitais do Brasil.
    E, convenhamos, para colocar a pulso ou a quimo, os enfermeiros e /ou técnicos tem que conhecer bem a enfermidade e ter experiência no procedimento.

    Gente, quando tenho surto faço a pulso (5 dias) baixada. Sempre no Hospital Santa Clara da Santa Casa de Porto Alegre, onde me trato pelo SUS.
    Tenho sorte e não tenho do que reclamar. Sou sempre muito bem tratada por todas as equipes, da limpeza à equipe médica! Sem contar que o meu neuro é o meu Doutor querido, meu anjo da guarda e meu amigo, há 18 anos e meio!
    É claro que se faz necessário um bocado de paciência e um sorrisinho no rosto, porque como sabemos, "gentileza gera gentileza" e o SUS é o SUSto kkkkkk...
    Alguns probleminhas ocorrem, a saber: Emergência lotada; as vezes fico 1 ou 2 dias na emergência aguardando leito, mas já fazendo pulso, para que o surto não piore; no quarto com mais 3 colegas, pra mim é tranquilo; presto atenção em tudo; confiro cada remédio que vem e se vieram todos, vou anotando num bloquinho para não me atrapalhar, porque tomo muitos remédios.
    Na emergência, as enfermeiras, que são muito experientes, já colocam o acesso (Abocat), que fica na veia até o fim da pulso. Minhas veias são boas. Gosto que coloquem na mão esquerda.
    No quarto é só encaixar o equipo no acesso a cada dia. É tranquilo.
    É claro que sempre leio o rótulo do soro e me certifico de que a cortisona correta esteja devidamente diluída no mesmo.
    As vezes tem aquela maquininha simpática, a bomba de infusão ehehehe, mas geralmente não tem. Mas tudo bem, porque até já sei como controlar a velocidade dos pingos, mas qualquer problema chamo um técnico.
    Durante as pulsos, a cada meia hora medem meus sinais, porque a pulso pode alterar a pressão, os batimentos cardíacos e a glicose, entre outras coisas.
    Não sou diabética, minha glicose é sempre em torno de 85, mas durante as pulsos sempre aumenta. Chegando a beirar 400. Fico com a barriga cheia de manchinhas rochas de tantas injeçõezinhas de insulina.
    Ahhhh... a comida da Santa Casa é uma delícia ehehehe...
    Geralmente fico mais uns dois ou três dias no hospital e tenho alta, mas no último surto fique 21 dias, porque o danadinho estava muito resistente ao corticoide e o meu doutor só me liberou quando apresentei sinais de estabilidade e melhora do surto.
    Demorei para estabilizar porque estava muito nervosa. Minha mãe, preocupada comigo, passou mau e ficou três dias na emergência da PUC enquanto eu fazia a pulso. Meu irmão quase louco com minha mãe num hospital e eu noutro.
    Gente foi uma loucura, mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos, graças a Deus.
    Após os 5 dias de pulso começo a tomar cortisona via oral, em dose alta. fico tomando por uns 3 ou 4 meses, porque para parar tem que reduzir a dose, bem devagarinho.
    O tratamento via oral me faz muito mais mal que a pulso. Fico malzona mesmo e super inchada, além de engordar muito, o que já me fez envelhecer muito para a minha idade. Mas tudo bem, porque esse tratamento, coincidência ou não, espaçou meus surtos.
    Então tá bom né ehehehe..
    Nossa escrevi muuuuuuito! Desculpa gente!
    Adorei o post Bruna! Tens mais é que falar, porque o descaso com a saúde nesse país, ultrapassa todos os limites da tolerância.
    Beijão Bruna e beijinhos para todos <3
    Neyra

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    1. Escreveu muito nada! Escreveu o que a gente precisava ler! Obrigadão por contar a tua experiência com as pulsos também Neyrinha!
      Eu acho um saco fazer pulso...mas paciência né...tem que fazer!
      Bjs

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  7. Oi Bruna, diante de tudo que vc falou vejo que a saúde é um descaso em todo Brasil mesmo, pois passei por tudo isso aqui na Bahia em hospitais renomados, quando eu chegava pra fazer pulso acho que eles diziam "já vem aquela chata" e eu era chata mesmo, depois de presenciar tanta coisa errada (diluição de solumedrol, bomba de infusão com programação errada, medicamento com mg errado etc.) fiquei assim chatinha fiscalizando tudo, imagine que até medicação trocada vieram me administrar mas eu recusei e ai eles pegaram a prescrição para me provar que estava prescrito, mesmo assim recusei, no outro dia o médico veio se desculpar dizendo que foi um erro de impressão. Braços roxos e hematomas era normal pra eles eu já entrava no hospital com minha pomada reparil em mãos, já fiz umas quinze pulsos nesse meu tempo de EM e todas eu fiquei internada pois meu plano só cobre assim. Já fui várias vezes no hospital depois de uma pulso e é exatamente como vc disse além de ter que explicar o que é uma pulso, tenho que ouvir e aceitar que meus sinais vitais estão todos normais, deve ser ansiedade, fazem lá um calmante e mandam eu procurar meu neuro, por isso também não vou mais em nenhuma emergência pedir socorro pós pulso deixo o tempo se encarregar disso.
    Melhoras viu Bruninha, pra aguentar as muitas que vem por aí, é assim como você que nós esclerosados temos que encarar a realidade; brigando, reclamando e lutando muito pelos nossos direitos.
    bjs
    Zeneide.

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    1. Ah Zeneide, mas o mundo precisa de mais gente chata como eu e você. Porque se ninguém reclamar, a coisa não muda né?
      Bóra reclamar!
      Bjs

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  8. bom dia Bruninha ! entendi q qd vc faz a pulso , volta pra casa e vai td dia ao hospital né?qd eu faço fico internada enquanto durar as pulsos cinco, tres, conforme a necessidade tomo tbm c a bomba e não sinto nada, existe mais forte ou mais fraca? gostaria te entender obrigada
    e não tenho inchaço tbm..

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    1. Oi Dice, tudo bem? Então, eu faço no sistema ambulatorial, ou Hospital dia, como chamam em alguns lugares. Eu vou, faço a aplicação na hora marcada (fico umas 3h lá) e retorno pra casa. Assim não ocupo um leito do hospital. Mas quando eu morava no interior eles me internavam porque o plano só autorizava desse jeito. Sobre ser mais forte ou menos forte, não existe diferença de remédio, existe diferença de organismo. A grande maioria das pessoas fica ligada num 220v quando faz pulso, super ativa, agitada e as vezes tem dificuldade de dormir. Uma parcela um pouco menor fica sem efeito nenhum, como se tivesse tomando água. E uma parcela menor ainda (de azarados, diga-se de passagem), fica como eu, morrendo, vegetando e não conseguindo fazer nada na vida. Então, amiga, jogue suas mãos para o céu e agradeça por ser do grupo de pessoas que não sente nada ;)
      Bjs

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